CONVERSAS DE VARANDA | MEIA METADE
Não subo grandes montanhas. Fico-me sempre pela metade. A vista pode não ser tão incrível quanto seria a do topo, mas não deixa de ser agradável. Aprecio o que de bonito o mundo pode ter. Só pela metade. Ás vezes a metade basta-me. Outras vezes a metade consome-me. Não sei porquê nem como. Mas gostava de te poder dizer metade daquilo que te tenho para dizer. Fico-me pela meia metade. Não digo quase nada, mas digo alguma coisa. Meias metades de palavras que saem a voar. Com sentido mas sem lhes dar o devido sentido.
Conto-te meia metade e tu nem assim percebes. Olha se te conta-se a metade. Nem queiras saber a satisfação que seria ver-te perceber a minha meia metade. Bastavas ser tu perceber. Os outros são só os outros.
Tentas perceber meia metade daquilo que te digo?
3 comentários:
Gostei muito do texto!
xoxo, S
Este texto está mesmo bonito!
Meias palavras deviam bastar, para bom entendedor...
Muito bom o texto e revi-me bastante :)
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