Fizeste mil e uma coisas, compraste imensa roupa nova, pensaste em comprar um carro novo e até andaste a ver casas novas para quando regressássemos da viagem ter um novo lar. Como se já fossemos uma família.
A viagem estava a correr às mil maravilhas, como se costuma dizer ,e tu sempre com a mesma felicidade desde o primeiro dia. Nada te escapava, estavas sempre atento e presente.
E o último dia desta viagem chegara e tu ainda mais feliz estavas. Ansioso também. Mas nunca medo. Pelo menos na tua cara ou na tua voz.
Regressamos à casa nova, ao nosso lar.
Vi em ti um medo que nunca tinha visto durante a viagem. O medo tirou-te a felicidade e a responsabilidade. Pelo menos é isso que quero acreditar, como forma de justificação para alguns dos teus erros. Eu sei que não o devia fazer, até porque deixaste a casa a que um dia chamaste lar, apenas com um papel colado na porta do frigorífico a dizer: " Fui embora. Não me procures. Quero viver a minha vida. ."
E desde desse dia nunca mais te vi, nem fiz questão de te procurar. Fiz daquela casa um lar, mas um lar onde há alegria, felicidade, confiança e partilha. Tudo aquilo que tu não soubeste dar enquanto lá estiveste.
2 comentários:
Oh, adorei a história :o Pena acabar assim..
R: Obrigada :p
Mas que história, é pena não ter um final feliz :o
Enviar um comentário