Encostei o carro. Na rua não haviam pessoas, os carros já não passavam e só a luz dos altos candeeiros deixavam esconder um pouco da escuridão que lá estava.
Tranquei o carro. Desliguei o rádio. Não havia nenhum barulho vindo de fora. Era só eu. Eu estava sozinha, como sempre tenho estado. A solidão estava no auge e eu deixei-a entrar. E com ela o choro. A certeza de que as minhas lágrimas eram provenientes da dor de estar sozinha.
Ninguém que ligasse ou que se importasse realmente. Era só eu e a mágoa de não ter ninguém.
Só queria alguém que me amparasse, que abrisse as mãos para me abraçar.
Mas não há ninguém. A rua continuará escura, as pessoas não vão passar lá e os altos candeeiros não chegarão para iluminar a solidão que sinto.
3 comentários:
Estás mesmo a falar de ti? Não acredito!!!!
muita força!
R: Compreendo perfeitamente a dor da tua amiga ahahahah :D
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