quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

AMOR | DEIXA-A, MAS DEPOIS VOLTA


Tu achas que ela é frágil e que vai chorar a tua partida. Achas que ela se vai fechar em casa, a comer chocolates e pipocas, enrolada numa manta, no sofá a ver filmes, que a fazem chorar mais ainda. Mas isso é o que tu achas, e aquilo que por ventura um dia eu também achei. Subestimei-a! Foi um dos maiores erros que cometi. Pensei que a minha partida fosse uma dor tão grande que ela não iria reagir.

Falhei. Errei. E hoje admito o meu erro. Não que ela não tivesse sofrido, mas não sofreu aquilo que eu pensei. Não que ela não me amasse, porque ela amava-a tanto, que foi nesse amor que foi buscar as forças necessárias para reagir à minha partida. Chorou tudo o que tinha a chorar no primeiro dia que eu parti e depois? Depois, ergueu a cabeça, esboçou o seu maravilhoso sorriso e levantou-se. Ergueu-se ainda mais bonita do que no dia em que a deixei escapar da minha vida. Ela é uma mulher, uma mulher tão incrível, com a enorme capacidade de aceitar, de passar por mim na rua e cumprimentar-me, de cabeça erguida e de sorriso nos lábios. Não para dar o ar de durona, mas para me mostrar que ela foi a coisa mais preciosa que perdi. Ela não faz isso intencionalmente, faz porque é assim e sou eu que me sinto assim. Eu perdi-a. Perdi-a para ti. Perdi aquela que me fez perceber que amar é ficar e perdoar, é deixar ir mais também voltar. 

Por isso se algum dia fores, volta. Volta porque ela sabe melhor que ninguém perdoar e vai-te abraçar como ninguém. Vais-te sentir renascido e mais do que amado. Ela sabe fazer isso tão bem!
Não lhe faças o que eu fiz, porque foi o meu erro. O meu maior erro, tão grande que nem ela, maravilhoso ser humano que é, sabe perdoar.

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